domingo, 23 de setembro de 2012

Um gole

Vou tentar
não rir no seu "ego".

Deprimente forma
de se igualar.

Prefiro brindar,
diante do espelho.

Que compartilhar votos
em doses
de inconfiança.

sábado, 22 de setembro de 2012

Erga-se


Siga
numa bala rente.

O alvo é
o que em foco está.

Desvie
das maldições.

Rasge
as alianças
entranhadas
de maldade.

Não és intocável.

Ponha-se
ao lugar
do que vai fazer.

Cada passo
segue a frente
e o agora
é agora.

cabeçada com força
no que vier.

E sem contar,
nunca se sabe,
o que vai encontrar.

Entendo
o desespero.

Mas,
em cada face
despedaçada
há um novo
amanhã.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Vácuo

Quem deu lamúrias
ao que não se passa?

Imprevisível reação
e volto atrás.

O passado
não escraviza,
não se vive.

O vácuo produtivo,
o sono antes da noite
em bancos que choram.

Tanta blasfêmia
e as mentiras
contam horas.

Tanta poesia
sem verso.

Não passam de palavras
jogadas em linhas
lacrimejando
tinta preta.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Campos da saudade.


Fui esquecido
pelo atraso
no previsível
e fiel compasso.

Sinto falta
do simples,
do singelo.

Na verdade
das chamas.

Elas queimaram a iveja,
rasgaram as maldições
e se esvaíram.

A distância
fez-se em muros,
dividiu as quatro paredes
junto á cidade
que brota em constância
arvores de pedra.

Não te enxergo.
nem em sonhos
nem em planos
Apenas estendo a mão
e afago o passado.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Junho

O destino
se fez clone,
de vidas passadas.

A cena se repete
mais de uma vez.

O fim
abriu a porta.

Apresentou-se
cambaleado
em idéias
intragáveis.

Alianças descartáveis,
soluções abstratas,
um pisar no inferno.

Em falar na escuridão;
a noite,
martelou memórias
no pensamento,
maltratou a alma
e descobriu
que o desprezo
é a chave do querer.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

-Banheiro Público-



Anestesia constante,
viral.

Estoura
o tinteiro da noção
a passos rasgantes
e detalhados.

Programados
pra se destruir.

A colônia fede,
na falsa comunhão.

Sem filas a seguir
aprecie bem as pragas,
são iguais
ao seu espelho,
quebram em cacos
o respeito,
Velejando em corpos
que escorrem
suor diário.

Foi roubada,
dignidade
comprada à prazo
reduzida a pó.

Leis cegas
pra quem não quer ver,
e quem vê
cega.

Olhos esfumaçados
perfurados.

E toda hora
é declamado.

Contentais á carcaça
Arma-te á guerra
de corpo baleado,
minado de mídia
escorrendo opinião
absorvendo
votos vagos
e inúteis.

Thiago Pereira
12.03.12

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Bonezin

Ta errada
a carapuça do Saci,

que cegou
e tropeçou 
na perna mecânica.

Sujeira,
conversa fiada,

fala nada
e jorra fossa.

A carapuça
é da indiferença,

quando quer aparecer,
quando quer ser gente.

Pra favor, mão amiga
pega ai! 
Atira e trai.